Por que importa
Você não está “falhando”: a transição para a menopausa costuma vir com um ganho médio modesto de peso e, mais importante, com redistribuição para o abdômen. Mesmo quando a balança pouco se mexe, a composição corporal muda: sobe a gordura visceral e cai a massa magra, o que afeta cintura, glicemia e energia no dia a dia.
O motor por trás disso combina biologia e rotina. A queda de estrogênio reduz o gasto energético em repouso e a eficiência do músculo, favorece a deposição de gordura abdominal e piora a sensibilidade à insulina. Soma-se sono fragmentado por fogachos, mais apetite em dias de estresse e, muitas vezes, menos movimento espontâneo. O resultado é uma tendência a ganhar algo em torno de poucos quilos ao longo de alguns anos, com impacto metabólico maior do que o número sugere.
O que fazer agora
- Treino de força 2–3x/semana: preserva/recupera massa magra, que sustenta o gasto basal e a sensibilidade à insulina.
- Mexa-se mais no dia: suba escadas, caminhe entre calls, levante a cada hora - o NEAT é a alavanca silenciosa contra ganho gradual.
- Proteína em cada refeição: ajuda na saciedade e no reparo muscular; distribua ao longo do dia com alimentos minimamente processados.
- Durma de forma consistente: reduzir despertares e tratar fogachos melhora apetite, energia e controle de escolhas.
- Álcool baixo e janelas alimentares previsíveis: menos calorias líquidas e menos lanches noturnos ajudam a conter a “deriva” calórica.
Evidências em foco
- Transição menopausal associa-se a ganho médio modesto de peso, mas aumento desproporcional de gordura abdominal.
- A queda de estrogênio está ligada a menor gasto de repouso e pior partição energética; resistência à insulina tende a aumentar.
- Terapia hormonal, quando indicada, pode atenuar o acúmulo de gordura abdominal em parte das mulheres.
Conteúdo informativo. Não substitui avaliação médica.

