Por que importa
Se o desejo caiu e a lubrificação não acompanha, pode não ser “da sua cabeça”. Na perimenopausa e na menopausa, a queda de estrogênio e a mudança dos andrógenos alteram a lubrificação, a sensibilidade e a resposta ao estímulo. Isso pode somar dor, antecipação negativa e, com o tempo, reduzir ainda mais a vontade.
Outros fatores entram no pacote: estresse e sono ruins, conflitos de relação, dor pélvica, além de remédios que impactam a função sexual (por exemplo, alguns antidepressivos). A boa notícia: combinar alívio local, ajustes de hábitos e, quando indicado, terapias hormonais focadas costuma melhorar conforto e desejo.
O que fazer agora
- Trate a secura primeiro: use hidratante vaginal regular e lubrificante à base de silicone nas relações. Reduz dor e “quebra” o ciclo de evitar por desconforto.
- Converse com sua médica sobre terapia local vaginal: estrogênio de baixa dose ou DHEA intravaginal são opções eficazes para secura e dor na penetração, com absorção sistêmica mínima.
- Se o problema central é desejo hipoativo com sofrimento, peça uma avaliação estruturada: psicoterapia sexual baseada em TCC ou mindfulness e, em casos selecionados, considerar testosterona transdérmica off-label com monitorização.
- Revise fatores que drenam libido: reduzir álcool, otimizar sono e checar se medicações como ISRS, anti-hipertensivos ou anticoncepcionais estão contribuindo.
- Alongue o “aquecimento” e ajuste o contexto: priorize tempo sem pressa, foco em estímulos não penetrativos e comunicação clara sobre conforto e ritmo.
Riscos e precauções
- Terapias hormonais exigem avaliação individual de riscos e contraindicações. Não inicie hormônios sem acompanhamento.
- Suplementos populares para “libido” têm evidências limitadas. Priorize medidas acima e orientação profissional.
Conteúdo informativo. Não substitui avaliação médica.

